domingo, 26 de setembro de 2010

As rosas multicoloridas

         Termina hoje a 29ª Expoflora, maior exposição de flores e plantas ornamentais da América Latina, realizada anualmente na cidade de Holambra. Conhecida nacionalmente como a Cidade das Flores, o município ostenta atualmente o título de maior produtor e centro de comercialização de flores e plantas ornamentais do país, respondendo por cerca de 35% dos dois setores.

  
       Esse ano, mais uma vez, um dos mais curiosos itens em exposição foram as flores multicoloridas. Expostas pela primeira vez no ano de 2007 elas ganharam o nome de rosa ‘Aquarela’, por reunir muitas cores em uma única rosa. Este ano também, e em virtude da realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014, foram produzidas flores em cores verde, amarela e azul, a variedade ‘Brasileirinha’.

          A técnica para colorir as rosas foi desenvolvida por um holandês Peter van de Werken, que também desenvolveu tecnologia para colorir outras flores, como crisântemos e orquídeas. Durante o processo de coloração as hastes são colocadas em água, onde estão presentes substâncias corantes naturais. Depois de 12 a 24 horas, em um processo mantido em segredo, os corantes tingem as pétalas das flores.
        
          Aqui no Brasil elas são produzidas artesanalmente com a tecnologia importada da Holanda, utilizando a rosa ‘Avalanche’, de cor branca, como base para o tingimento. A unidade da rosa ‘Aquarela’ chega a ser vendida por R$ 15,00 durante a Expoflora.

         Depois de tingida e bem cuidada, ela pode durar até 10 dias no vaso.


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A abóbora brasileirinha

          Sabe quem foi o responsável pela coloração desta abóbora?

          A natureza!

         Sim, a abóbora 'Brasileirinha' é uma cultivar de abóbora que apresenta cores marcantes, frutos bicolores e surgiu na plantação de abobrinhas normais. A partir desta variação espontânea a Embrapa Hortaliças deu aquela forcinha e com muita pesquisa a melhorou, buscando oferecê-la ao mercado.

          A cultivar Brasileirinha tem enorme valor ornamental, é rica em nutrientes, como luteína que ajuda na prevenção da catarata, e em betacaroteno.

          Por ser rústica possui boa resistência a doenças, pode ser cultivada em todas as regiões onde já acontece o cultivo das demais abóboras e produz até 10 abobrinhas por planta. O comprimento dos frutos fica entre 12 e 18 cm e alcança entre 180 e 400 gramas, dependendo do ponto de colheita. Se colhida com comprimento de até 10 cm é possível ser preparada como picles.

          Ao adquiri-las é recomendado que elas sejam armazenadas em temperatura acima de 10°C e embaladas com filmes plásticos para evitar que murchem.



sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Pimentas: breve introdução

          Pimenta: o termo deriva da forma latina pigmentum que quer dizer “matéria corante”, posteriormente a palavra se transformou em pimienta e ganhou o significado de especiaria.


          De acordo com resultados de explorações arqueológicas no México há registros de consumo de pimentas de 9 mil anos atrás, , no Peru a data é de 2500 a.C.

          Antigamente as pimentas eram usadas para preservar alimentos da contaminação por fungos e bactérias, e também como condimento em carnes e cereais para que o sabor ficasse atraente, mesmo após longos períodos de armazenamento.


         As pimentas que conhecemos pertencem a dois gêneros:

         Piper, que são sementes de plantas da família das piperáceas e tem como principio ativo a piperina. A pimenta-do-reino é representante desta família.
         Capsicum pertencentes à família das solanáceas, e tem como principio ativo a capsaicina, e pode ser representada pela pimenta dedo-de-moça.

         São muito ricas em vitamina A, E, C e ácido fólico. Os princípios ativos piperina e capsaicina são responsáveis pela sensação de ardência. A capsaicina é liberada pelo tecido interno do fruto ao sofrer corte, ou algum outro dano físico.

         Para o gênero Capsicum é possível mensurar a ardência através de uma escala, medida em unidades de calor de Scoville. O valor desta escala pode variar entre 0 e 300.000, a pimenta dedo-de-moça, por exemplo, varia entre 5 e 15 mil unidades. Existe outra escala denominada de escala de temperatura, onde a classificação varia em graus 8, 9 e 10 para as muito picantes; 4, 5 e 6 para pimentas de média ardência; e 1, 2 e 3 para as mais suaves.

          Exagerou na quantidade da pimenta?

          A sensação de ardência pode ser aliviada ingerindo leite, ou de miolo de pão. Água não adianta! A capsaicina não é solúvel em água!



sábado, 11 de setembro de 2010

Época de: Amora!

          A amoreira-preta pode ser facilmente encontrada em jardins, passeios e praças em nossas cidades, e por ser uma planta rústica é comum também que elas produzam uma boa safra.

         Repare bem: será que não tem nenhuma árvore perto de você cheia dessas frutinhas penduradas?

         Fazer uma “colheita” nestas árvores é uma boa idéia! Em 2008, na CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) o preço do quilo da amora variou entre R$12,00 a R$18,00. Grande parte das amoras do mercado in natura ou para o processamento são importadas, principalmente do Chile, que possui boa produção e oferece preços competitivos. Também há importação de países europeus.

         O grande varejo não costuma comercializar estas frutas. Por serem altamente perecíveis elas necessitam de ótimo manejo e infra-estrutura, principalmente sobre a refrigeração. Apenas uma grande rede compra essas frutas em pequena quantidade, e para ofertar em suas lojas classe A.

          A amora é nutritiva. Contêm 85% de água, 10% de carboidratos, com elevado conteúdo de minerais, vitaminas B e A e cálcio. Contém ácido elágico, que vem sendo estudado por suas funções a anti-mutagênica e anticancerígena.

         É uma fruta de clima temperado e a sua produção nacional é proveniente de municípios gaúchos, e aqui em São Paulo o destaque vai para a cidade de Campos do Jordão.

         O ponto certo de retirada da planta é quando a fruta está inteiramente preta. Se quiser conservá-las por até 2 dias é necessário controlar a umidade em torno de 90% e a temperatura em torno de 2°C.


terça-feira, 7 de setembro de 2010

Sobre as alcaparras

         A alcaparreira é um arbusto perene que demora de 3 a 4 anos para entrar em produção. As alcaparras que consumimos são botões florais, colhidos antes da abertura das pétalas e curtidos em água e sal grosso, vinagre e sal, ou alternativamente em água, sal vinagre e vinho. Contém vitamina C, cálcio, fibras, proteínas, carboidratos e considerada estimulante de apetite e digestiva.

         As alcaparras são utilizadas como condimento especialmente em peixes, e lugar de destaque em pratos da culinária maditerrânea, tem sabor meio doce/ácido e aroma sutil. Também tempera carnes, vinagretes, molhos com mostarda, saladas, recheios e maioneses. A escolha de alcaparras menores é o segredo do sabor, elas devem ser adicionadas aos pratos na parte final do cozimento, assim seu aroma não é perdido.

         São originárias da região mediterrânea, e são produzidas principalmente na Espanha, França, na região da Sicília e na Grécia. Necessitam de temperaturas altas e solos calcários, ou seja, que são caracterizados por altos valores de pH e alta concentração de cálcio, situação restrita no Brasil. A produtividade varia de 1 a 3 quilos por planta/ano de botões florais.

          No Brasil, o engenheiro Sérgio Di Petta que possui um sítio localizado em Brasópolis-MG, é responsável pela primeira safra de alcaparras nacionais, conseguida a partir de muitos testes feitos por ele mesmo. Com persistência de 10 anos de estudo ele é o pioneiro na pesquisa de características botânicas da planta. No ano passado, vendeu a produção para supermercados da região e cada 60 gramas de alcaparras saíam por R$ 4. A produção ainda é pequena, mas o objetivo principal do não é comercializar o produto, mas difundir o que aprendeu sobre a alcaparreira.


*Conheça o blog do engenheiro Sergio Di Petta e saiba mais sobre as alcaparras! http://sergiodipetta.blogspot.com/




sábado, 4 de setembro de 2010

Quero bananas sem manchas!

          A banana é a segunda fruta mais consumida no Brasil, e a segunda também em volume de produção. Possui grande importância na alimentação brasileira, pois seu consumo é ótima fonte de nutrientes, a baixo custo.

          Ela é colhida verde, quando possui alto teor de amido (responsável pela sensação de “amarrar” a boca) e textura rígida. Quando madura, a polpa da banana apresenta textura macia e alto teor de açúcares. No amadurecimento da banana ocorre quebra do amido, que se transforma em açúcar; degradação da clorofila da casca, pigmento que confere a cor verde; e produção de carotenóides, que são responsáveis pela cor amarela.

         Se após a colheita a banana for exposta a impactos, amassamentos e/ou abrasões ela irá mostrar em sua casca as conseqüências do manejo inadequado: manchas escuras. Esses tipos de danos devem ser evitados mesmo que as bananas ainda estejam verdes e rígidas, nesta fase não será possível ver qualquer tipo de sintoma, mas durante o amadurecimento ele aparecerá.

         Bananas bem manejadas, preservadas de danos, são inteiramente amarelas e não possuem manchas escurecidas. O armazenamento abaixo de 14°C também é responsável pelo escurecimento da casca.

         A observação da presença das manchas pode ajudar a escolher uma fruta de melhor qualidade e que irá ficar mais na prateleira. A uniformidade da cor amarela na casca é sinal de fruta bem cuidada e que oferecerá todos os benefícios de seus nutrientes. Uma vez que ela não sofreu injúrias até o caminho da sua casa, ela também terá condições de durar alguns dias a mais.