quarta-feira, 22 de junho de 2011

Época de: Gengibre!

         O gengibre é um rizoma, parte subterrânea da planta Zingiber Officinale, que tem aroma único e sabor picante. Já era apreciado entre os europeus há mais de 2.000 anos, onde era tão popular quanto à pimenta-do-reino. Originário da China, ilhas de Java e Índia, foi trazido para a América após o descobrimento e foi cultivado em países como o México e Jamaica.

          O gengibre é apontado como um alimento funcional, e pode ter bons resultados anti-inflamatórios, contra náuseas, úlceras, hipoglicemia e alguns tipos de bactérias.

          Hoje, a maior área cultivada de gengibre encontra-se na África, especificamente na Nigéria. Mas a extensa área cultivada não garante maior volume de produção, que está na China e na Índia.

          A produção brasileira de gengibre fica no estado do Paraná. A cidade de Morretes é a principal produtora, acompanhada por Guaraqueçaba, Antonina, Paranaguá e Guaratuba, e são responsáveis por 3.945 toneladas/ano de rizomas in natura, em uma área aproximada de 201 hectares.

          A produção brasileira é quase toda voltada à exportação. De 70 a 80% são enviados para os Estados Unidos, Reino Unido, Holanda e Canadá. Rizomas que não atingem a qualidade tipo exportação são destinados ao mercado interno (sim, ficamos com a parte não tão boa...).

          O gengibre é largamente empregado no preparo de chás, e nesta época de festas juninas dá o sabor especial nos quentões e vinhos quentes. Na hora de comprar o gengibre as dicas são observar as condições de higiene do produto, a ausência de brotações laterais e ausência de murchamento.

        A parte aérea da planta também tem seu valor. Vem sendo estudadas formas de consumir as inflorescências do Zingiber Officinale, e há sinais que o chá feito das inflorescências pode ser tão bom quanto os preparados por rizomas. Comparado com outras inflorescências, como o brócolis e a couve-flor, as inflorescências de gengibre possuem 6 vezes mais proteínas e 6,4 vezes mais fibras do que o brócolis e, 9 vezes mais proteínas e 9,8 vezes mais fibras do que a couve-flor.





quinta-feira, 9 de junho de 2011

Embrapa Instrumentação abre inscrição para curso de pós-colheita


        
          Olha aí pessoal, uma boa oportunidade para se especializar com excelentes profissionais da área! As informações estão disponíveis no site da Embrapa Instrumentação e seguem abaixo!

          Estão abertas até 22 de julho as inscrições para o curso de tecnologia em pós-colheita em frutas e hortaliças, que a Embrapa Instrumentação - São Carlos (SP) - vai realizar no período de 22 a 26 de agosto. As perdas pós-colheita no Brasil atingem 20 a 30% do total produzido. A proposta do curso é contribuir para a melhoria da aplicação de tecnologias que minimizem perdas, sendo destinado à capacitação de produtores, atacadistas, varejistas, técnicos e especialistas na cadeia produtiva.
         O curso foi inspirado em modelos consagrados nos Estados Unidos e Europa. Durante o curso serão discutidos temas como Tendências no mercado de frutas, nacional e internacional; Cenário mundial de alimentos e algumas tendências tecnológicas; Colheita de frutas e hortaliças; Classificação de hortaliças e frutas; Valoração na comercialização de frutas e hortaliças; Processamento mínimo de frutas; Legislação de embalagens para contato direto com alimentos;
         O curso será composto de exposições teóricas, práticas em laboratórios e excursões técnicas. A programação completa e todas as informações podem ser acessadas pelo site: www.cnpdia.embrapa.br/poscolheita. (Texto elaborado por Joana Silva - Embrapa Instrumentação).


sexta-feira, 3 de junho de 2011

Os produtos minimamente processados



Frutas e hortaliças minimamente processadas são, em essência, vegetais que passaram por alterações físicas, isto é, foram descascados, picados, torneados e ralados, dentre outros processos, mas mantidos no estado fresco e metabolicamente ativos.


           Essa é uma das definições sobre aquele produto que compramos pronto para consumir. Um produto minimamente processado, porém, não é somente uma hortaliça ou fruta picada e colocada em uma embalagem aleatoriamente. Isto é uma ciência! Existem muitos estudos sobre qual a melhor forma de corte, qual a melhor embalagem, como mantê-los por mais tempo e, sobretudo, com a maior segurança e higiene possível. Profissionais das melhores universidades do Brasil são envolvidos neste tipo de pesquisa, e existe até o encontro nacional sobre o processamento mínimo.

          Para começar bem, o produto a ser processado deve vir dos melhores itens disponíveis. E, definitivamente, o critério de escolha da qualidade para esses produtos deve ser alto. Um produto minimamente processado não deve partir de uma fruta ou hortaliça que esteja deteriorada, mesmo que esta parte seja descartada, este produto não durará muitos dias.

          Ao realizarmos o corte estamos acelerando o metabolismo do vegetal, e ele tende a estragar rapidamente em relação a produtos inteiros. Por isso, começamos com matéria prima de primeira linha, e submetemos ao processamento.

         Para driblar o metabolismo dos vegetais podem ser utilizadas inúmeras estratégias, sendo a mais utilizada a refrigeração. O abaixamento da temperatura, dentro da tolerância que é peculiar a cada produto, reduz a respiração (simmm, as frutas e vegetais respiram ainda após a colheita! São vivos!), inibindo outros processos fisiológicos também. A refrigeração é exigida durante todo o processamento.

         O produto é deixado descansar em temperatura amena para retirada do calor interno*, logo depois e em câmara fria, é realizado o corte. *(se você já chegou do mercado, guardou uma fruta ou hortaliça dentro de um saquinho na geladeira e depois percebeu que ele "suou”, temos ai um exemplo de armazenamento errado, ele ainda estava “quente” para ser guardado embalado na geladeira)

         Aqui mais uma exigência: higiene em todas as etapas. Desde a câmara fria, todos os utensílios, passando pelos instrumentos de corte, devem ser sanitizados. As pessoas envolvidas no processamento também devem manter uma conduta rígida de limpeza.

         O processamento pode ser feito de formas diferenciadas, dependendo do que se deseja processar e as necessidades dos consumidores. Também existem meios de aplicar aditivos para evitar que haja escurecimento em frutas, perda de água em hortaliças, e redução da carga microbiológica.

         Nas embalagens podem ser utilizadas proporções diferentes de CO2 e O2. Com menos oxigênio, temos a respiração mais lenta e mais tempo de vida. Mas tem que haver um balanço, pois a falta de oxigênio também pode levar a fermentação, e ai você abrirá a embalagem e sentirá cheiro de álcool, terá um produto não adequado ao consumo.

         Então a ciência é essa: melhores produtos + melhor higiene + melhor corte + melhor embalagem + melhores tecnologias + melhor temperatura = maior praticidade!