terça-feira, 12 de outubro de 2010

Época de: Jabuticaba!



"No sítio de dona Benta havia vários pés, mas bastava um 
para que todos se regalassem até enjoar. Justamente naquela semana as jabuticabas
tinham chegado “no ponto” e Narizinho não fazia outra coisa senão chupar jabuticabas. 
Volta e meia trepava à árvore, que nem uma macaquinha. 
Escolhia as mais bonitas, punha-as entre os dentes e tloc! 
E depois do tloc, uma engolidinha de caldo e pluf! – caroço fora. 
E tloc, pluf, tloc, pluf, lá passava o dia inteiro na árvore."


Reinações de Narizinho - Monteiro Lobato



          A jabuticaba tem sabor de infância! Afinal, nos é familiar consumi-las da forma como Monteiro Lobato descreveu: direto do tronco da jabuticabeira.

          Estamos na época de jabuticabas no estado de São Paulo, porém, a oferta para comprá-las em feiras ou supermercados é pequena. Logo, para que possamos desfrutar de seu gosto, temos que recorrer pomares caseiros de vizinhos e amigos que tenham nos seus quintais, sítios, chácaras...

          Existem muitas variedades de jabuticabas, dentre elas destacamos a Sabará, a mais apreciada de todas: produtiva, pequena e saborosa. Também é comum encontrarmos a Paulista, que possui frutos maiores.

         A safra da jabuticaba dura pouco e, além disso, a frutinha é altamente perecível. Depois de retirada da árvore, é natural que haja murcha e processo de fermentação. Jabuticabas podem ser armazenadas por no máximo 3 dias, acondicionadas em sacos plásticos e em geladeira.

          Cientistas de várias instituições pesquisam para conhecê-la melhor, mesmo sendo nativa do Brasil, ainda temos poucos estudos sobre o tema.

          Segundo pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a jabuticaba possui alto teor de antocianina, localizada em sua casca. São 314 mg/100g, valor que fica acima do encontrado em uvas tintas. A antocianina ajuda a combater os radicais livres, que estão ligados ao processo de envelhecimento. Além disso, ainda temos fósforo, ferro e vitamina C em sua polpa.

         Podemos consumi-la de várias formas: in natura, licores, geléias, sucos...

         Em São Carlos-SP, existe um local encantador, uma alameda de jabuticabeiras, composta por mais de 200 árvores. Ela fica na Fazenda Pinhal, patrimônio histórico e artístico nacional. Conta a história que em 1890, o proprietário da fazenda, o Conde do Pinhal, recebeu o seguinte telegrama em viagem pela Europa: “Jabuticabas em flor no Pinhal”. Bastavam essas palavras para que ele arrumasse as malas e voltasse para o Brasil.

 



"Atrás do grupo-escolar ficam as jabuticabeiras.
Estudar, a gente estuda. Mas depois,
ei pessoal: furtar jabuticaba.
Jabuticaba chupa-se no pé.”
 
Menino Antigo - Carlos Drummond de Andrade



quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Mamão Papaya: Saúde e Arte

         Extremamente saboroso e aromático, o mamão é uma das frutas mais produzidas e apreciadas no mundo. Tem alto valor nutricional, sendo rico em betacaroteno (que atua como formador da vitamina A), vitamina C e vitaminas complexo B. O consumo do mamão ajuda a manter o bom funcionamento do aparelho digestivo e contribui para uma dieta saudável, uma vez que a fruta apresenta baixo valor calórico.

          A Union of Growers of Brazilian Papaya (UGBP) oferece frutas saudáveis com alta qualidade, tendo respeito e compromisso com o meio ambiente. Pensando no conceito de reutilização e redução de resíduos, a UGBP agora disponibiliza no mercado novas embalagens, e se aliou ao prestigiado artista pop Romero Britto.

          O artista pop Romero Britto usa cores vibrantes em padrões arrojados como linguagem visual de esperança e alegria. Foi creditado com a maior obra permitida no Hyde Park, um dos Parques Reais de Londres e expos sua arte também no Museu do Louvre – uma arte que atrai a todos! Os consumidores do pequeno mamão papaya oferecido pela UGBP podem receber a felicidade da arte de Britto de graça, junto com a saúde e frescor oferecidos pelos mamões brasileiros da UGBP.

         
          São pequenas caixas, com dimensão de 15 x 25 cm, contendo 1,5 kg de mamão cv. Golden. A caixa deixa de ter apenas as suas funcionalidades básicas de conter, proteger e transportar frutas e passa a ser um objeto de arte. A coleção, denominada “Saúde e Arte”, agrada crianças e adultos, em design exclusivo para as embalagens de mamão. É uma ótima opção para consumir e presentear.

          A embalagem pode ser reutilizada para armazenar os mais diversos produtos (maquiagens, DVDs, itens de escritório...), e fica a cargo da criatividade do consumidor dar nova utilidade para esta caixinha tão charmosa. A cada três meses a caixa terá novo desenho, colecioná-las é uma forma de contribuir para a preservação do meio ambiente, para a redução da produção de lixo, e aproveitar para ficar mais próximo da arte.
 
 
*colaborou para este post a UGBP  - (Union of Growers of Brazilian Papaya), União de tradicionais produtores de Papaya da região de Linhares no Espírito Santo, focada no fornecimento de Papaya de alta qualidade sempre respeitando o meio ambiente.
Quer saber mais?
Acesse: http://www.ugbp.com/




sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O que é pistache?

          O pistache (Pistacia vera L.) é uma noz, nativa da Ásia Central, de países como a Síria, Irã, Turquia Grécia e Afeganistão. O Irã é o maior produtor mundial de pistaches, possui 300 mil hectares ou cerca de 70% com cultivo tradicional, porém de baixa produtividade por área. Países como a Austrália e o Chile tem investido em áreas de alta produtividade objetivando a exportação. Os maiores consumidores de pistache são os chineses, seguidos por americanos, russos e indianos.

          O pistacheiro é uma árvore que mede de 3 a 8 metros, pertencente à família Anacardiaceae (a mesma que o caju e a manga). Demoram de 7 a 10 anos para entrarem em produção plena, em contrapartida a longevidade é uma de suas marcas, há relatos de plantas com 80 anos com boas produções. Tem característica bienal, o que quer dizer que um ano produzem muito bem, e no outro tem baixa produção. São exigentes em frio e em água.

          Pode ser consumido na forma de noz, torrado e salgado, comercializado com ou sem casca. Muito utilizado na confeitaria em geral, o óleo de noz de pistache também é usado em indústrias de cosméticos e farmacêuticos.

          Não há cultivo comercial do pistacheiro no Brasil, aqueles que consumimos são importados. Segundo pesquisadores do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) ele poderia ser adaptado em áreas onde temos clima temperado, ou com tradição e tecnologia em produção de frutas, juntamente com outras produções, como a uva, seria uma forma de consórcio que compensaria os primeiros anos improdutivos.

         O preço do pistache pode variar, dependendo da sua origem e qualidade, mas um preço médio no mercado é de R$ 12,00 cada 100g.